No capítulo três vamos aos parágrafos 8 e 9. Observe que esses dois parágrafos fazem várias afirmações sobre um relato que nenhum ser humano vivo hoje presenciou, só temos o relato bíblico para descrever tal história e perceba que esses dois parágrafos não citam nenhum texto da bíblia para sustentar a todas essas afirmações, pergunte como se sabe todas essas coisas, pergunte ao instrutor se há textos da bíblia que mostram essas coisas. Perceba que não passam de suposições, achismo.
Ao fazer as perguntas anteriores ao seu instrutor ele provavelmente irá dizer que as respostas serão respondidas no capítulo 11, essa é outra característica deste livro, com frequência ele inicia um assunto superficialmente e depois o considera mais a frente. O problema em fazer isso está no fato de que quando finalmente for se considerar o tema adiado antes ele já vai ser encarado (pelo texto do livro e pelo seu instrutor) como verdade absoluta e as dúvidas que poderiam surgir ao se considerar as bases do assunto acabam passando despercebidas por você estudante. Aguarde e você verá.
- "Se Satanás queria provar que governa melhor que Deus e Deus o deixou governar, por que Satanás não está governando para provar que é melhor que Deus?"
- Ou "será que Satanás acha que causando desgraças à humanidade e à natureza ele estaria sendo um bom governante?"
O parágrafo 11 pede para você pensar: "Se o Diabo não fosse o governante desses reinos, poderia ele ter tentado Jesus com essa oferta?" O que você acha? Lembre-se que estamos falando do "pai da mentira". O que o impediria de oferecer a alguém o que não lhe pertence? Lembre-se também que já havia dito que algo aconteceria com Eva se ela comesse do fruto da arvore do conhecimento...
Pergunte ao seu instrutor e tire suas próprias conclusões.
O parágrafo 15 apresenta uma das bases para um dos ensinos das Testemunhas de Jeová: a eternidade da nossa terra. Seria uma pena se a base do ensino tivesse uma pequena falha não é? Vamos considera-la.
Em 2 Pedro 3:13 diz que "Há novos céus e uma nova terra que aguardamos [...] e nesses morará a justiça". Em seguida o livro diz que está terra não é literal mas são na verdade as pessoas, e usa outro texto bíblico para comprovar: Gênesis 11:1.
Note que em Gênesis 11:1 a palavra "terra" tem o sentido de "pessoas" ou "povo" e apenas por esse motivo afirmam que a nova terra na verdade são novas pessoas e que na verdade não serão novas mas as mesmas que vivem e já viveram e que receberem a aprovação de Deus.
Note que em Gênesis 11:1 a palavra "terra" tem o sentido de "pessoas" ou "povo" e apenas por esse motivo afirmam que a nova terra na verdade são novas pessoas e que na verdade não serão novas mas as mesmas que vivem e já viveram e que receberem a aprovação de Deus.
Observe que Gênesis, 2 Pedro e Isaías são livros completamente diferentes, escritos por pessoas diferentes, em locais diferentes com culturas diferentes, em épocas diferentes e até em idiomas diferentes. Será que faz sentido concluir que o significado de uma palavra pode não ser literal apenas analisando o contexto de outro livro da bíblia? Parece ser uma interpretação um pouco forçada. E essa não é a única vez que isso ocorre, no capitulo 6, por exemplo, você verá esse argumento sendo usado novamente mas dessa vez em relação ao que acontece quando morremos.
Notou que uma das principais doutrinas já começou precisando se fazer a suposição de que o significado das palavras "céus" e "terra" não são o que realmente aparentam ser? Aliás, chegou-se a conclusão a partir do livro de Gênesis que em 2 Pedro "nova terra" significa "pessoas";
- O que seriam então os "novos céus" e com base em que?
Olhe o que há em Hebreus 1:10-12, leia com seu instrutor, ouça o que ele tem a dizer, compare com o que diz o parágrafo 15 e tire suas conclusões.
Há, escondido, no parágrafo 20 outro pequeno problema na doutrina do paraíso. Foi citado Isaías 65:21-24, leia em sua bíblia. Esse texto aparentemente descreve o paraíso futuro, os versículos 17-19 também falam desse paraíso inclusive o 17 já foi citado na página anterior. Estaria tudo perfeito se entre esses textos não houvesse o versículo 20, e ele jamais seria mostrado a você amigo estudante, leia-o e pergunte ao seu instrutor se nesse paraíso haverá mortes.
- Notou que o texto está falando de um local em que as pessoas continuarão a morrer?
- Será que todos os versos ao redor do 20 estão falando desse paraíso e apenas ele não?
- Será que é certo escolher quais partes do texto bíblico podem ser usadas para provar algo e ignorar outras mesmo estando juntas no mesmo contexto?
